segunda-feira, 22 de março de 2010

MAIS ESCAMBO.


Pedalando até o ESCAMBO.

Porque vocês resolveram vir para o Escambo de bicicleta?
Na reunião que aconteceu no templo da poesia quando os grupos de Fortaleza estavam se organizando para a ida do XXV Escambo em São Miguel do Gostoso – RN percebi que a turma estava muito presa, as condições de equipamentos (ônibus) e aos seus empregos. Pensamos que nada impede de você chegar no encontro como esse, nem falta de ônibus, nem grana. O importante é a vontade de chegar.
O percurso...
A gente saiu na segunda (11 de Janeiro de 2010), umas três horas do Templo da Poesia. A nossa primeira parada foi nas Tapioqueiras um local no bairro messejana que vende tapioca de diversos sabores. Paramos lá e eu perguntei:
- Tem tapioca aí?
– Rapaz não tem não, está tudo fechado!
Mas quando ele soube que a gente tava viajando de bicicleta, ele nos arranjou umas tapiocas. Fui logo percebendo o carinho das pessoas. Depois de muitas pedaladas chegamos a Aracati e lá a gente encontrou Alessandro, que também ia ao Escambo pedalando. Lá a gente dormiu na casa da tia do Lôro, fomos para a praça, fizemos exposição, vendemos rói-rói. Conseguimos uma carona de 6 km, um dos companheiros não agüentava mais pedalar, e a gente só pensava em pegar carona. Cansamos e fomos caminhando. Aí um caminhão parou, pensando que a bicicleta tava quebrada, quando viu que a gente tava cansado não queria mais nos dar carona. Mas acabou dando uma carona de 25 Km. Onde a gente desceu era uns 10 km antes de Mossoró-RN, depois paramos em Mossoró, acampamos, foi aí que telefonei pro Mac e conseguimos alojamento em um ponto de cultura chamado ESCARCEU.
No dia seguinte saímos umas 4 horas da manhã, a bicicleta do Lôro tava sem freio, estávamos em dúvida se íamos ou se a gente pegava carona. Resolvemos ir mesmo assim, pedalamos 18 Km, até que a gente encontrou um assentamento gospel ainda em Mossoró. Depois que a gente saiu do assentamento é que os problemas começaram, porque um dos nossos companheiros não agüentava mais e decidiu ir de ônibus mesmo. Pegamos uma estrada que era cheia de subida, vários pedaladas com subidas. Finalmente a gente chegou num pequeno posto de gasolina, armamos uma rede e lá pegamos uma carona. Um caminhão carregado de pedras levava as bicicletas e um carro pequeno levava a gente. O Lôro ia dizendo poesias. Chegamos a Assu. Na entrada tinha uma placa dizendo: Bem vindo a Assu, terra dos poetas! Fomos caminhando atrás de um concerto para as bicicletas. Ainda pegamos uma carona de carroça, enfim ajeitamos as bicicletas, e por onde a gente passava o povo se admirava da nossa viajem pedaladora. Já era noite quando chegamos a ponte de Assu. A ponte era bem estreitinha, estava escuro, não dava pra enxergar nada, só quando um carro passava. Aí a gente vinha empurrando as bicicletas, passava caminhão direto. Um dos caminhões passou tão perto do Lôro que fiquei preocupado com ele. Mais aí ninguém comentou do susto, só quando passou da ponte. Foi aí que a gente se tocou que podia chegar depois do Escambo em São Miguel do Gostoso. Mas penso que até chegarmos ao Rio Grande do Norte já foi Escambo porque foi rolando trocas de vivências. Bom foi aí que chegamos a um posto no dia 14 de janeiro e pegamos carona com um ônibus de Fortaleza-CE que estava indo pra o Escambo.
por: Tatiane Tenorio

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